terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mata Ciliar como tema de Educação Ambiental no Programa Pátios Ecológicos

A expansão das atividades agrícolas de monocultura e/ou familiar e pecuárias vem exigindo novas áreas para o plantio, assim como o desenvolvimento das cidades. Muitas vezes, as florestas de preservação permanente, como as matas das encostas de recursos hídricos – também chamadas de mata ciliar, são derrubadas para o fornecimento de tais terras, e, como conseqüência, assistimos um empobrecimento na qualidade da água destes mananciais.
Sevegnani (2000) define as funções da mata ciliar como: filtrar impurezas, promover o estabelecimento e a alimentação dos animais aquáticos e terrestres, evitar a eutrofização da água e fixar as partículas do solo, protegendo-o do impacto direto das gotas de chuva que provocam erosão e contribui também para a estabilidade térmica dos pequenos cursos d’água. Podemos acrescentar ainda que a mata ciliar, pode servir de corredor, interligando duas áreas de florestas distintas, possibilitando assim, a travessia de animais.
Na busca de soluções para os problemas ambientais que tem relação direta com a Água, e visando à formação de uma consciência voltada para a proteção das nascentes e mata ciliar, inclusive com relação à sua recuperação, a Educação Ambiental também se faz necessária.  Assim, pensou-se na elaboração de um projeto de educação ambiental para a Recuperação da Mata Ciliar na comunidade do Morro do Freitas, em uma área de 2 500 metros quadrados, integrando as Escolas Profª. Avani da Silva Santos, Escola Morro do Freitas e a comunidade, conscientizando sobre a importância da proteção das Nascentes e da Mata Ciliar. Este projeto ocorre sob forma de oficinas com plantios de Árvores Nativas, adquiridas pelo programa Pátios Ecológicos, onde os participantes identificam as mudas adequadas e acompanham seu desenvolvimento. Outro aspecto importante a ser considerado no planejamento destas ações educativas será o de identificar as unidades, espaços, objetos e outros elementos existentes na bacia do manancial que representem valor e significado em termos de patrimônio natural – histórico e/ou cultural.
Conscientes de que a construção do futuro depende do presente, não podemos esquecer de abranger neste projeto quem são os maiores responsáveis pela continuidade das informações: as crianças e os professores.

As atividades na área iniciaram em setembro de 2010, com a construção da cerca para a proteção das mudas, afim de evitar a entrada do Gado, pois às áreas vizinhas ainda são utilizadas para pasto. Sem vegetação ao longo da drenagem, atualmente existem apenas algumas unidades de eucalipto.

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